Mais informação e menos julgamento.
Você sabia que nem todas as deficiências são visíveis?
E por que é importante saber (e divulgar) essa informação?
Porque muitas pessoas sofrem preconceito quando utilizam vagas ou serviços exclusivos para deficientes pelo fato de “não aparentarem” ter algum tipo de deficiência.
A deficiência também não tem “cara” – Quantas vezes você já ouviu alguém se referir a um deficiente com a seguinte frase: “mas ele nem parece ter deficiência”?
O que acontece é que a maioria das pessoas está acostumada com um estereótipo onde o deficiente é aquele que utiliza cadeira de rodas para se locomover ou em que suas limitações são fisicamente evidentes. Mas nem sempre é possível notar em um primeiro momento a deficiência, o que não significa que ela não exista.
Antes de reproduzirmos julgamentos como…
Estacionou em vaga para deficientes e saiu do carro caminhando;
Usa cadeira de rodas, mas fica de pé e mexe as pernas;
Nossa, mas essa pessoa não parece ter deficiência;
… Vamos nos informar melhor?
Existem deficiências intelectuais de maior ou menor comprometimento que não apresentam necessariamente manifestações corporais. É possível ainda que um amputado dos membros inferiores, que utiliza próteses, caminhe sem dificuldade e não seja identificado como deficiente se estiver vestindo calças ou saias longas, por exemplo.
Há também deficiências onde a pessoa consegue mover as pernas e até mesmo se levantar, entretanto, não consegue caminhar ou se sustentar de pé por muito tempo.
Ainda, existem doenças degenerativas, onde a pessoa vai perdendo aos poucos os movimentos dos membros. E muitas outras situações.
Claro que existem pessoas mal intencionadas no mundo e que podem se aproveitar de serviços que não lhes dizem respeito, mas é preciso abrirmos nossa mente e nosso olhar para compreender mais o outro, nos livrar de pré-julgamentos e buscar mais informações, acolher, nos colocarmos no lugar das outras pessoas e divulgar conhecimentos como esse.
Então, vamos começar eliminando da idéia que aprendemos a construir de que a deficiência “tem cara”, combinado?
Procure sempre falar e perguntar com gentileza, sem preconceitos. Abra o olhar para outras possibilidades.
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora do Psicologia Acessível. CRP: 06/119556