Hoje, 18 de junho, o espectro colorido convida para celebrar o Dia Mundial do Orgulho Autista! Uma data não apenas para falar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas também para celebrar as diferentes formas de pensar e sentir, e de exigir respeito e direitos para todos. Ser autista não é ser menos. É ser diferente — e isso é lindo!
É um dia para dar voz às pessoas autistas e valorizar suas jornadas de vida e participação social. Lembrando que o autismo é um espectro, ou seja, uma condição com diferenças entre todos esses indivíduos. Cada jeito único de ser é uma própria poesia!
Além disso, com representatividade positiva e conhecimento, podemos impulsionar o florescimento de cada um e também de suas lutas para garantir seus direitos, participação plena e sem distinção nos debates, além de acessibilidade e inclusão efetivas na sociedade.
O Dia do Orgulho Autista nasceu em 2005, nos Estados Unidos, e se internacionalizou com a ideia de quebrar estereótipos sobre o autismo.
Essa data celebra a neurodiversidade. Estamos falando que o cérebro das pessoas funciona de diferentes maneiras, e todas são válidas e importantes. O autismo é uma condição neurodiversa – uma forma particular de o cérebro funcionar – e não uma “doença a ser curada".
Datas e campanhas trazem a possibilidade de mais pessoas conhecerem sobre o autismo e assim vermos mais empatia e valorização. O conhecimento é uma arma contra o preconceito! Afinal, o autismo não é obstáculo, o preconceito, sim.
Mas neste momento de orgulho autista tivemos um alerta importante com a publicação de um estudo da FGV e da Associação Autistas Brasil: as notícias falsas (fake news) sobre o autismo cresceram mais de 15.000% entre 2019 e 2024 nas comunidades digitais da América Latina e do Caribe, como o Brasil liderando esses números (46%) no continente.
Essas notícias falsas mostraram um padrão de apresentar boatos, para em seguida prometerem "curas milagrosas" ou vender produtos caros sem comprovação, misturando linguagem pseudocientífica, negacionismo, espiritualidade e teorias da conspiração, tudo isso usando a internet para se espalhar. E aqui mora outro perigo: quando uma família começa a ver esse tipo de conteúdo, os algoritmos (aqueles programas que sugerem o que você vê online) podem passar a mostrar ainda mais notícias falsas, criando uma "bolha" de desinformação, onde também é comum preconceitos e estímulos a práticas prejudiciais à saúde pública. Por isso, é muito importante buscar informações na APAE e em fontes confiáveis.
O Censo de 2022 trouxe pela primeira vez dados sobre o espectro no Brasil: somos 2,4 milhões de pessoas com TEA, ou seja, 1,2% da população, mostrando a importância de termos informação para políticas públicas. Os dados também apontam o avanço no diagnóstico precoce, sendo que entre 5 e 9 anos, 3,8% dos meninos e 1,3% das meninas têm diagnóstico de TEA.
Pensando em direitos, a campanha de 2025 para o Dia Mundial do Orgulho Autista tem como tema "Sou Autista, Sou Defiça: acessibilidade é meu direito", reforçando que o autismo é uma deficiência e as pessoas autistas têm direito a acessibilidade em tudo, e devem participar de todas as conversas sobre seus próprios direitos.
Filmes, séries e quadrinhos podem ser ferramentas poderosas para nos ajudar a entender melhor o autismo. É possível mostrar na arte a diversidade do espectro, quebrar estereótipos e preconceitos, e dar visibilidade para pessoas autistas como autoras, atores e protagonistas de suas próprias histórias.
Esse contato pela arte pode ajudar a desmistificar o autismo, derrubar barreiras sociais e também empoderar pessoas neurodiversas. Além disso, pode incentivar o diagnóstico e a identificação, especialmente para quem descobre o TEA mais tarde na vida.
Algumas obras que abordam o autismo:
Uma Advogada Extraordinária (série, 2022): Drama sul-coreano sobre uma advogada autista brilhante.
Atypical (série, 2017-2021): Acompanha a vida de Sam, um jovem autista que busca independência e um relacionamento.
Amor no Espectro (reality show, 2019-): Jovens autistas em busca do amor.
Float (filme/curta, 2019): Baseada em uma história real sobre uma criança autista e seus pais.
Tudo Que Quero (filme, 2017): Drama sobre uma jovem autista que sonha em ser roteirista.
Aprendendo a cair (Mikaël Ross, 2020, livro em quadrinhos): História premiada sobre um garoto que vive em uma vila de pessoas com deficiência.
Fala, Maria: Um romance gráfico sobre o autismo (Bernardo Fernández, 2020, livro em quadrinhos): Combina informação científica com uma narrativa pessoal sobre TEA e paternidade atípica.
No Dia do Orgulho Autista, celebramos a vida, a diversidade e a liberdade de ser quem somos. E a APAE de São Bernardo do Campo está junto nessa luta por mais conscientização e inclusão!
Quando você me entende, o mundo fica muito mais leve! Compartilhe este post com seus amigos e familiares para que mais pessoas entendam e celebrem a neurodiversidade.
E se você busca apoio ou quer saber mais, visite a APAE de São Bernardo do Campo ou entre em contato conosco. Sua participação faz a diferença!
Referências:
https://www.em.com.br/gerais/2025/06/7177329-dia-do-orgulho-autista-desinformacao-cresceu-15-000.html
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